A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) vai investigar a conduta de equipes da corporação flagradas pela reportagem do Metrópoles transportando prostitutas e saindo com cervejas de boate no Setor Hoteleiro Sul.
Parece ser comum para alguns dos policiais do Distrito Federal transportar garotas de programas e conviver – passivamente – em meio às drogas da boate Alfa Pub, situada na Asa Sul, em Brasília. O local é conhecido por explorar a prostituição no Setor Hoteleiro Sul.
O flagra dessa conduta corriqueira foi feito pelo site local Metrópoles, ao longo de quatro meses, onde 13 viaturas de diferentes prefixos realizaram o transporte das mulheres que trabalham na casa de shows. Semanalmente, grupos de policiais militares frequentam a boate, chegando a passar até três horas dentro do prédio da Pub.
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Uma garota de programa entrar em um veículo na madrugada do Setor Comercial Sul pode ser considerado algo corriqueiro. Menos quando o carro é uma viatura caracterizada da Polícia Militar do Distrito Federal, e, ao volante, um servidor fardado em pleno expediente.
À equipe de reportagem, duas mulheres com idade entre 25 e 30 anos revelaram, sem saberem que estavam sendo gravadas, sobre a facilidade em adquirir cocaína, mas o programa teria que estar atrelado ao consumo. Taxistas e motoristas de aplicativos são os responsáveis pela entrega das drogas – tudo acontece aos olhos dos policiais militares que rondam o local, mas não fazem exatamente nada para combater esse ciclo de tráfico e prostituição.
No entanto, o padrão para consumo de bebida, drogas e o programa é alto. ao todo, um cliente que queira curtir a noitada precisa desembolsar, no mínimo, R$ 800. Em resposta ao Metrópoles, a Polícia Militar do Distrito Federal afirma que abriu uma investigação para apurar a conduta das equipes flagradas. “Qualquer conduta que extrapole os ditames legais será passível de apuração por meio de procedimento legal”, anuncia o órgão. Os donos da Alfa Pub não se pronunciaram